SINTRAS - TO

Governo faz de desentendido da lei da greve e SINTRAS rechaça dizendo que ameaças não será causa para enfraquecer movimento

24/08/2016 01/09/2016 13:24 127 visualizações
AMEAÇAS 2Em resposta ao ofício de nº 6.607/2016, recebido do governo do Estado, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins – SINTRAS-TO, rebate ao governo que ameaças não irá amedrontar servidores e não adianta o governo se fazer de desentendido sobre a lei da greve.   O presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, pontua que o Estado não tem capacidade técnica na condução e aplicação da lei da greve, pois, o movimento paredista da categoria está dentro das normas da legislação e que todas as ações da greve são realizadas com total responsabilidade e exclusividade para cobrar os direitos dos profissionais da saúde enquanto servidor público do Tocantins.   No ofício resposta, Manoel Miranda diz ainda que o sindicato tentou de todas as formas negociar com o governo o pagamento da data-base, mas, o silêncio dos gestores estaduais resultou na paralisação dos serviços nas unidades hospitalares.   “Nós não queríamos chegar nesse ponto, ninguém quer greve, mas não tivemos outra opção, pois nas tentativas de negociação o governo não apresentou nenhuma proposta acessível a categoria, o que fez gerar total insatisfação dos profissionais e o início do movimento paredista, que afinal era o último recurso dos servidores para garantir o recebimento da data-base”, retrata o presidente Manoel.   Ele garante que os serviços essenciais estão sendo mantidos normalmente, pois os grevistas têm se organizado nas escalas para dar continuidade a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis dos pacientes, ou seja, os serviços de urgência e emergência.   Quanto aos serviços que não trazem riscos eminente de morte aos pacientes, como ambulatoriais e eletivos, estes atendimentos estão sendo realizados conforme exige a lei da greve.   Ameaças No memorando/circular de nº 31, documento que o sindicato teve acesso e que foi expedido pela gestão aos superintendentes e diretores das unidades hospitalares, o governo menciona sobre corte de ponto e processos administrativos.   Sobre estes assuntos a direção do sindicato reforça que qualquer penalidade ou processo administrativo decorrente da greve dos servidores da saúde, a assessoria jurídica do sindicato utilizará de todos os meios cabíveis para defender os filiados e representados do SINTRAS.   “Não adianta o Estado ameaçar os servidores com objetivo de enfraquecer o movimento, pois essa estratégia será mais um impulso para o crescimento de revolta da categoria e a continuidade da greve até o governo se posicionar de forma coerente com os anseios da categoria”, disse o presidente Manoel Miranda.   Prejuízos   A direção do sindicato afirma que não é o movimento que vem trazendo transtornos à população, mas, a falta de leitos, de profissionais, de medicamentos, de equipamentos, de segurança, que mata os pacientes e maltrata os profissionais.   Contudo, é notório que a crise na saúde vem se alastrando há mais tempo, e a culpa não é do servidor, e sim, devido à falta de gestão por parte do governo, e que saúde é um direito do cidadão e dever do Estado.